quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

DOS QUE LUTAM

face o fuzil
de fascínoras fascistas
faz motriz sua força
à foice e fé

ante aos atentados
ao amor e à amizade
a angústia e a agonia
atingem o ápice
aviltosos

depois da derrota
dos desesperados
difíceis dúvidas dão-se
ao dobrar dos sinos d'ouro

vertiginosamente,
vê-se o virtuoso
vagar em vão no vale
das vis e vulgares vidas
dos vitoriosos vilões
em verde verve
via vísceras da vergonha

conhece a confusão e o caos
o começo da criação
compreende o ciclo
e crê

sem saber que sozinho superou
seus sombrios sentimentos
de sangue e sordidez

e ri,
resoluto em resistência
rígido em rebeldia

todavia somente triunfará

se, em absoluto,

uno à urgência, não utópica, mas ululante

da louvável e literal
latente e leal
luz da liberdade

e a indispensável
e indissolúvel
igualdade


por bruno muniz, 13 de fevereiro de 2014.

Um comentário:

  1. Gostei muito do texto, embora os sonhos parecem mais longe..., porque
    rega flores com o sumo da alma e doa a compreensão ante a intolerância.

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