sexta-feira, 11 de abril de 2014

CASTELOS DE AREIA

não é só de calmaria que precisa a alma
fogo, ardor, uma explosão
uma pedrada na janela em plena madrugada
telefonema na hora errada
alguma pergunta ou dúvida
algo que tire do sério e da compostura
o mocinho da história morto pelo vilão, no final do filme
os lençóis manchados de corpos que denunciam o sexo
o padre apaixonado pela fiel
a professora universitária entregue ao aluno
tudo errado pra dar certo
a calmaria é falha e enterra palmo a palmo
qualquer tesão e verdade
pássaro no fio elétrico do poste
nadar com tubarões com a gaiola aberta
o perigo da vida no dia a dia
o desafio, o desabafo, a bomba relógio esperando o tic final
pra mandar tudo pros ares
boom!!
feliz colapso
bem-vinda seja, desconhecida loucura
ácida paixão
adeus castelos de areia


por bruno muniz, 11 de abril de 2014.

2 comentários: