sexta-feira, 25 de outubro de 2013

O REI DA AMARGURA

há um tipo de crítico,
para o qual nunca há o bastante
eleva-se apenas
o que lhe interessa
desdenha
do que não pode compreender
ridiculariza tudo
que o supera

o onipotente,
que nada cria,
mas julga
sem qualquer pudor
acima do bem e do mal,
semi-deus
rei de adjetivos,
do féu e do horror

sob seu olhar
tudo parece opaco
não percebe que o limite
está em sua própria percepção
submerso
num mar de arrogância
morre afogado
em uma espécie de decepção
pois cria um mundo
perfeito a seu modo
e espera que seja
tudo como quer
deveria ter a boca
cheia de areia e terra
até perceber que o problema está
dentro de seu próprio ser


por bruno muniz, 25 de outubro de 2013.

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